Como os cuidados preventivos após o linfedema podem afetar a paciente?
(Linfedema)
O sistema linfático é composto por um conjunto de órgãos linfóides, tecidos, vasos e ductos, que se distribuem por todo o corpo. Tendo como principal função produzir e amadurecer as células de defesa do organismo, além de atuar como o “lixeiro” do corpo, drenando e filtrando o excesso de líquido e conduzindo-o para a corrente sanguínea, eliminando patógenos, células danificadas e envelhecidas.
Sabendo disso, o linfedema pode ser caracterizado como o acúmulo de proteínas no interstício, que é espaço entre células.
Após essa condição ser instaurada diversas recomendações são passadas ao paciente a fim de diminuir os riscos, porém diferentemente do seu real objetivo, essas indicações contribuem para o medo e ansiedade. E em muitos casos, geram procedimentos assistenciais desnecessários.
Mas qual é a real adesão a essas orientações fisioterapêuticas? Como as pacientes se comportam nesse contexto?
Adesão às orientações fisioterapêuticas
A verdade é que, grande parte das pacientes realmente não aderem a esses processos, algo que tende a piorar com o passar do tempo. Sendo que, as principais dificuldades relatadas para a não adesão às orientações fisioterapêuticas estão relacionadas à necessidade de retomar os cuidados com o lar e as atividades laborais. Além disso, é possível observar que:
- Pacientes relataram maior adesão às orientações preventivas nos anos imediatamente seguintes à cirurgia, diminuindo esses cuidados à medida que o tempo pós-cirúrgico aumenta;
- Por meio das entrevistas, pôde-se perceber que as orientações fisioterapêuticas geram muitos sentimentos negativos aos pacientes. O medo de desenvolver o linfedema muitas vezes preocupa mais que a doença oncológica em si;
- Ficou marcante nas falas das entrevistadas o quanto os cuidados fisioterapêuticos acabam por gerar angústia, tristeza e sensação de inutilidade a esses indivíduos.
Como solucionar esse problema?
A equipe de fisioterapia deve estar atenta à maneira como apresenta as orientações preventivas de linfedema aos seus pacientes, de forma a gerar mais informação e menos angústia, buscando assim um cuidado mais sutil, direcionado e individualizado.
E o fisioterapeuta deve promover sempre estratégias de adaptação e não gerar um sentimento de proibição, provendo compreensão e cooperação, compartilhando com os pacientes a responsabilidade por seu autocuidado.
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