Todo profissional que trabalha em uma sala de aula sabe que este ambiente é bastante diversificado. Diariamente, os educadores precisam lidar com as diferenças dos estudantes e, a partir disso, atender a todos. A tarefa não é simples e requer muito preparo por parte dos responsáveis pelos grupos. Um dos fatores que pedem muita cautela é o comportamento disruptivo no ambiente escolar.
O que isso significa?
Também chamado de comportamento socialmente inadequado, essas condutas são percebidas entre crianças. Atitudes como bater e gritar, por exemplo, podem ser considerados como parte integrante do comportamento disruptivo. Porém, é preciso analisar a situação. Veja o porquê abaixo:
– Gritar é um comportamento problema?
Se a criança estiver em uma brincadeira, em um jogo de futebol ou outra atividade lúdica, nada mais normal que agir dessa forma.
– Bater é um comportamento problema?
Todos nós precisamos nos defender. Da mesma maneira que as crianças brincam, elas também brigam entre si, onde aprendem a utilizar a defesa que têm. Então, no momento de ameaça, a primeira reação é tentar alguma estratégia para se proteger, como um tapa ou empurrão, por exemplo.
É importante pontuar que tudo isso depende da situação que antecede essa ocasião ou ação (que leva o pequeno a agir dessa forma). Além disso, deve-se saber qual a consequência desses atos. Estudos mostram que a maneira cujos adultos respondem a esses comportamentos das crianças refletem muito no aumento da frequência de tais atos.
Exemplo em uma sala de aula:
– João sempre briga com os coleguinhas. A professora o coloca no canto de castigo. Ele aproveita que ficará de fora das atividades e passa a agir assim constantemente.
O que fazer?
O ponto em comum entre todas as maneiras de lidar com isso é a paciência e o diálogo. Vale dizer que precisamos estabelecer a comunicação entre a criança e o professor. Tente identificar o motivo de tanta desobediência e procure obter a confiança do pequeno. Não é tão simples esse processo. Porém, existem caminhos que favorecem a diminuição dos casos.
– Acompanhamento psicológico: a criança que apresenta algum problema de comportamento na escola também pode encontrar meios de melhorar sua relação e interação com os ambientes em que está. O acompanhamento psicológico pode significar um caminho muito bom para o pequeno, a partir do momento em que a terapia ajudá-lo a conviver com todos à sua volta.
– Equipe multidisciplinar: nada mais indicado que atuar junto com uma equipe diversificada, que reúna terapeutas e professores de escola na busca pela melhora de conduta da criança.
– Terapia em família: grupos de apoio que trabalham o desenvolvimento da relação entre pais e filhos são uma ótima alternativa. Nessa situação, especialistas orientam os pais a estabelecerem uma comunicação efetiva com o pequeno, além de mostrarem a eles os limites que devem ser colocados no comportamento da criança.
A importância da ajuda multidisciplinar
Como visto acima, a equipe formada por terapeutas de áreas distintas representa uma saída excelente para solucionar casos de comportamentos disruptivos. O aluno estará em contato com psicólogo, psicopedagogo e outros profissionais que podem trabalhar essas condutas de forma eficaz.
Fonte: Neuro Saber