Consequências das orientações fisioterapêuticas para o cuidado do linfedema
(linfedema)
Após um tratamento cirúrgico oncológico, o linfedema é a complicação mais temida pelos pacientes, já que se tratando do câncer de mama, o linfedema é uma complicação crônica, progressiva e que não tem cura, só sendo possível, o seu controle.
Por isso, é tão importante que se faça o seu monitoramento, pois o linfedema ficará com o paciente por toda a sua vida, tendo riscos de infecções recorrentes, alteração no volume do membro e dores articulares, além do desconforto para realizar as atividades do dia a dia.
Sabendo disso, o que a fisioterapia pode fazer nesses casos? Quais benefícios ela pode trazer para os pacientes?
Orientações Fisioterapêuticas
Pacientes que eram submetidas a cirurgia do câncer de mama, e de outros tratamentos cirúrgicos oncológicos, recebiam no pós operatório, as seguintes orientações:
- Cuidados com a pele (higiene, hidratação);
- Evitar carregar peso;
- Fazer DLM (Drenagem Linfática Manual);
- Controlar o peso corporal;
- Evitar apertar o braço;
- Não usar saunas e banheiras quentes.
Porém, ao se passar essas orientações, várias pacientes passaram a ficar estressadas e deprimidas, pois já haviam lutado contra o câncer de mama, e ainda teriam que ficar o resto da vida reféns desse excesso de cuidados.
A partir disso, uma série de questionamentos foi feita, tentando compreender se essas recomendações contribuem para o medo e ansiedade e se realmente trazem benefícios para as pacientes, ou se estavam apenas gerando procedimentos assistenciais desnecessários? Assim, diversas pesquisas foram feitas sobre isso.
Resultados das Pesquisas
Foi concluído e confirmado que o fator de risco para o desenvolvimento de linfedema realmente é o tratamento oncológico. Além disso, em relação às orientações fisioterapêuticas, foi notado que, as principais dificuldades relatadas para a não adesão dessas práticas, estão relacionadas à necessidade de retomar os cuidados com o lar e as atividades laborais.
Por isso, as pacientes relataram maior adesão às orientações preventivas nos anos imediatamente seguintes à cirurgia, diminuindo esses cuidados à medida que o tempo pós-cirúrgico aumenta.
Sendo percebido também que, as orientações fisioterapêuticas geram muitos sentimentos negativos aos pacientes como angústia, tristeza e sensação de inutilidade a esses indivíduos.
De modo que, é imprescindível identificar o real benefício dessas orientações.
Vitaltape. Juntos Inovando.