O que é Espasticidade? Qual é o seu papel durante o tratamento?
(Espasticidade)
A espasticidade é a alteração de tônus mais comum na Paralisia Cerebral. Ela interfere no controle do movimento voluntário e no consumo de energia durante o movimento.
Para compreender a fundo esse conceito, é preciso entender o funcionamento do tônus muscular, que é o grau de rigidez, ou contração presente no músculo em repouso. Sendo que, quando adequado ajuda a manter a postura e facilita o movimento, podendo ser testado pela amplitude do movimento passivo.
Pensando nisso, pesquisas atuais demonstram que a espasticidade é a desordem no controle sensório motor, resultante de uma lesão no Neurônio Motor Superior (NMS), apresentando uma contração muscular involuntária, intermitente e sustentada.
Mas afinal, o que são e como atuam esses neurônios?
Neurônio Motor Superior
O Neurônio Motor Superior é um conjunto de células nervosas que controlam as atividades dos músculos esqueléticos, possuindo primordialmente duas tarefas, determinar quando músculo deve começar a se mexer e quando deve parar.
Podendo ser dividido em duas classificações:
- Neurônio Motor Superior (NMS): Levam informações de movimento do encéfalo ao Neurônio Motor Inferior, sendo que o corpo do neurônio fica localizado no córtex cerebral;
- Neurônio Motor Inferior (NMI): Inervam diretamente as fibras musculares esqueléticas e o corpo do neurônio fica localizado na medula ou no tronco encefálico.
Paralisia Cerebral e a Espasticidade
É possível observar que, devido a diminuição da atividade e participação que ocorre na paralisia cerebral, a mobilidade também é afetada. Porém, diferentemente do que muitas pessoas pensam, é a fraqueza muscular e não a espasticidade, que causa mais limitações na função motora de crianças com PC.
Isso faz com que o foco do tratamento mude de acordo com o manejo da espasticidade para o fortalecimento muscular. Ou seja, o fortalecimento muscular não aumenta a espasticidade!
De modo que, o foco da reabilitação deve ser o fortalecimento muscular!