O que é Síndrome Mielodisplásica ou Mielodisplasia?
(Síndrome Mielodisplásica Mielodisplasia)
A Mielodisplasia, pode ser compreendida como uma malformação congênita, caracterizada pela falha no fechamento do tubo neural e nos arcos vertebrais posteriores. Ou seja, é uma condição na qual há falência da medula óssea em produzir células que formam o sangue em quantidade suficiente.
O tubo neural se diferencia no Sistema Nervoso Central, que pode ser entendido como um conjunto de tecidos do encéfalo e da medula espinhal, sendo aberto nas terminações cranianas e caudais.
Esse fechamento da região caudal ocorre por volta do vigésimo sexto dia de IG.
A sobrevivência aumentou substancialmente de menos de 50% em meados da década de 1990 para 95% no início de 2000. Além disso, atualmente, a expectativa de vida é de aproximadamente 60 anos.
E qual é a sua incidência?
Inicialmente alguns estudos sugerem que, não há um diferença real entre os sexos e que, essa incidência é mais baixa nos indivíduos negros e asiáticos. Além disso, essa taxa é maior nas classes sociais mais baixas.
Sendo que, no Brasil essa patologia ocorreria em uma proporção de 2,28 para 1000 nascimentos.
Principais pontos a serem abordados
Passos para a PBE
Componentes da CIF que temos intervenções com evidências em crianças e adolescentes com SD
Principais evidências na literatura científica
Profª Dra Paula Silva de Carvalho Chagas Professora Associada – FACFISIO – PPGCRDF – UFJF Doutora em Ciências da Reabilitação – UFMG Pós-doutoranda CanChild/McMaster University, Canadá
Como pode ser diagnosticado?
Essa condição pode ser diagnosticada no pré-natal, através da ultrassonografia e da amniocentese (exame definido por meio do aumento dos níveis de alfa-fetoproteína no líquido do soro materno após a 14ª semana e pelo aumento dos níveis da acetilcolinesterase após a 20ª semana.)
Também pode ser avaliada no pós-natal, pela tomografia computadorizada.
Quais são os seus tipos?
Existem dois tipos de mielodisplasias, a espinha bífida oculta e a espinha bífida cística, que se divide em meningocele e mielomeningocele.
A primeira pode ser compreendida como uma falha em um, ou mais arcos vertebrais que se encontrem e se fundem no terceiro mês de desenvolvimento. A medula espinhal e as meninges não são afetadas, permanecendo dentro do canal vertebral.
Dessa forma, a falha óssea é coberta com pele, que pode ser marcada por uma pequena depressão, pigmento, ou agregado de pelos. O local mais comum de ocorrência é a região lombo-sacral.
A subdivisão da segunda, meningocele, se caracteriza pela protrusão somente nas meninges e líquido cérebro-espinhal para dentro da bolsa cística. Dessa forma, a medula espinhal permanece dentro do canal vertebral, mas pode exibir anormalidades, por isso, é uma variação que acaba sendo mais rara.
Em contrapartida, a mielomeningocele faz com que a medula espinhal e a meninges ficam contidas na bolsa cística. Assim, o crescimento anormal da medula espinhal e dos elementos neurais tornam a transmissão normal dos impulsos nervosos impossível. E o resultado é um comprometimento sensorial e motor no nível da lesão e abaixo dele.