O que são cuidados paliativos e como eles funcionam?
(cuidados paliativos).
Na década de 1990, a OMS apresentou pela primeira vez uma definição de
Cuidados Paliativos e os princípios para uniformizar as ações de cuidados aos
pacientes com doenças “incuráveis”. Essa definição foi revista em 2002 e atualizada em 2017.
Sendo que, atualmente o cuidado paliativo pode ser compreendido como o cuidado prestado a um paciente que tenha uma doença que ameace a continuidade da vida.
Ou seja, é uma abordagem multidisciplinar ativa e integral aos pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento curativo, sendo o principal objetivo a garantia de uma melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares
por meio de um adequado controle da dor e de outros sintomas, atuando também em suas dimensões psicossociais e espirituais.
Sabendo disso, qual é a relação entre o tratamento curativo e o cuidado paliativo?
Tratamento curativo X cuidado paliativo
O objetivo dos cuidados paliativos é aliviar o sofrimento para melhorar a qualidade de vida para aqueles com sofrimento grave relacionado à saúde.
Esse tipo de paciente têm o direito de escolher os seus tratamentos, podendo receber tratamentos curativos, ou intervenções junto com o tratamento paliativo.
Por isso, os profissionais de cuidados paliativos devem monitorar de perto os
sintomas e avisar se os tratamentos curativos estão gerando sofrimento
ao paciente, permitindo-lhes fazer escolhas informadas conforme a
doença progride ou melhora.
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Quando indicar o tratamento paliativo?
O tratamento paliativo deve ser indicado quando o paciente recebe o diagnóstico de qualquer doença ameaçadora da vida, diante da evolução/piora da doença, ou quando todas as alternativas de tratamento foram esgotadas.
Além disso, também pode ser indicado quando o tratamento atual está desfavorecendo a qualidade de vida, levando a quase morte do indivíduo.
Ao tomar essa decisão, dois conceitos são extremamente importantes:
- Obstinação terapêutica (distanásia) = prolongamento exagerado da morte de um paciente. Ao tentar salvar a vida do paciente, submete-o a grande sofrimento.
- Futilidade terapêutica = um tratamento é considerado fútil quando não tem valor terapêutico, isto é, quando agrega riscos crescentes sem um benefício associado.
Se esse for o caso do paciente, o tratamento paliativo também pode ser sugerido.