Tecido Fascial e a sua relação com a biomecânica do corpo
(Tecido Fascial biomecânica).
É notável que, cada vez mais os pesquisadores da área vêm atribuindo grande destaque às fáscias, já que estas, possuem grande importância para o detalhamento do sistema musculoesquelético e entendimento da postura e do movimento.
Porém, para entendermos um pouco melhor o que é esse tecido e quais são as suas principais funções, é preciso retomar as suas origens. O termo fáscia advém do latim, tendo como principal significado “feixe de fibras”.
Com o passar dos anos, a sua classificação foi alterada diversas vezes, mas a definição mais correta, segundo a literatura atual, seria a de um tecido conectivo que está presente em todas as estruturas do corpo, protegendo, separando e moldando as estruturas do nosso corpo. Além de realizar a lubrificação que permite o deslizamento dos músculos.
Tudo isso só demonstra o quão necessário esse tecido é para a capacidade de movimento do nosso corpo.
E como a fáscia pode alterar o movimento?
Poucas pessoas sabem disso, mas quando realizamos qualquer tipo de movimento, diversos deslizamentos entre camadas de tecidos estão ocorrendo internamente, possibilitando que todo o processo ocorra de forma livre.
Por isso, se o deslizamento entre essas camadas de fáscias não ocorre de maneira regular, há uma limitação do movimento.
Esse fato pode gerar diversas outras consequências, que vão além dessa restrição de movimento, como:
- Sobrecarga sobre os tecidos;
- Sobrecarga sobre as articulações;
- Prejuízo da transmissão de forças (favorecendo quadros dolorosos);
- Densificação do tecido (algo que também prejudica o funcionamento celular).
Todas essas modificações da mobilidade desse tecido prejudicam a mecânica do organismo, sendo uma das consequências, as lesões musculoesqueléticas.
Vitaltape. Juntos Inovando.
Quais são as causas mais comuns dessas alterações?
Podemos observar que as causas mais comuns de alterações biomecânicas da fáscia são: traumatismos diretos, sobrecargas agudas, microtraumas repetitivos de estruturas musculoesqueléticas, sobrecarga de músculos descondicionados, adoção de posturas erradas durante a realização de atividades, imobilismo prolongado, assimetrias corporais e sedentarismo.