Como classificar a paralisia cerebral?
(Paralisia Cerebral)
A paralisia cerebral é caracterizada como um grupo de desordens do movimento, da postura e da função motora, que são causados por uma lesão ou anormalidade, de caráter não-progressivo, que ocorre no cérebro imaturo ou em desenvolvimento.
Essas desordens podem ser acompanhadas por alterações na sensação, percepção, cognição, comunicação e comportamento. A etiologia dessa condição é complexa e muitas vezes as causas são desconhecidas, mas sabe-se que 75% dos casos de paralisia cerebral são causados por fatores pré-natais.
O seu diagnóstico é baseado em entrevistas precisas, para investigar fatores de risco, além de observações das manifestações clínicas e habilidades motoras atuais, sendo realizado historicamente entre 12 e 24 meses. Sabendo disso, como podemos classificar essas desordens do movimento?
O que é o GMFCS?
O GMFCS foi criado em 1997 para classificar e descrever a função motora grossa da criança com Paralisia Cerebral de forma objetiva, usando uma linguagem única e internacionalmente conhecida, facilitando a comunicação entre profissionais.
É dividido em cinco níveis que levam em consideração a capacidade de sentar, andar, subir escadas e ficar de pé. Além da análise do uso de andadores, muletas e cadeiras de roda.
Níveis do GMFCS?
No nível 1, a criança é capaz de deambular de forma independente em todos os ambientes, sem limitações motoras grossas em atividades básicas, como andar, subir e descer escadas, assim ela só apresenta limitações em atividades motoras muito elaboradas, como jogos, corridas e atividades esportivas.
Enquanto no nível 2, a criança consegue deambular de forma independente em praticamente todos os terrenos, apresentando limitações em subir e descer escadas sem apoio e andar em superfícies irregulares, como terrenos de cascalho e pedra.
No nível 3, a criança precisa de um dispositivo auxiliar, para poder deambular, como andador, muleta e bengala.
Em seguida, no nível 4, a criança apresenta um controle de cabeça e tronco, porém ela utiliza cadeiras de rodas como a principal forma de locomoção, além de conseguir conduzir uma cadeira de rodas motorizada de forma independente.
Por fim, no nível 5, a criança já não apresenta o controle da cabeça e do tronco, precisando de um suporte corporal maior, e ela é conduzida por um assistente.