Cuidados preventivos do linfedema são realmente benéficos e necessários?
(Cuidados Preventivos)
Logo após a cirurgia do câncer de mama, diversas atitudes são recomendadas visando a prevenção do linfedema, como evitar apertar o braço e carregar peso, evitar procedimentos invasivos, usar braçadeira compressiva para viajar de avião, controlar o seu peso corporal, além de tantas outras recomendações.
Com isso, o linfedema passa a se tornar uma complicação temida pela maioria das pacientes.
Mas a verdade é que as recomendações geralmente contribuem para o medo e ansiedade. Além disso, acabam gerando procedimentos assistenciais desnecessários. Isso faz com que seja extremamente necessário identificar o real benefício dessas orientações preventivas.
Pensando nisso, quais são as evidências sobre essas medidas? O que realmente pode ser indicado?
O que ocorre na prática?
Grande parte das pacientes realmente não aderem a esses processos e isso é algo que tende a piorar com o passar do tempo. Sendo que, as principais dificuldades relatadas para a não adesão às orientações fisioterapêuticas estão relacionadas à necessidade de retomar os cuidados com o lar e as atividades laborais.
A grande questão é que, atualmente existem poucas evidências sobre práticas do dia a dia como cuidar de filhos pequenos, aferir pressão arterial, não ter autocuidado, além de outras comorbidades, aumentarem o risco de desenvolvimento do linfedema.
Os fatores de risco para o linfedema estão mais associados ao tratamento do câncer, de modo que, esse excesso de recomendação de cuidado pode gerar angústia nas pacientes, sem trazer resultados reais.
Como solucionar esse problema?
A equipe de fisioterapia deve estar atenta à maneira como apresenta as orientações preventivas de linfedema aos seus pacientes, de forma a gerar mais informação e menos angústia, buscando assim um cuidado mais sutil, direcionado e individualizado.
E o fisioterapeuta deve promover sempre estratégias de adaptação e não gerar um sentimento de proibição, provendo compreensão e cooperação, compartilhando com os pacientes a responsabilidade por seu autocuidado.
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