Como a radiodermite afeta pacientes oncológicos?
(Radiodermite)
A radiodermite é considerada uma ferida complexa, em que a lesão do tecido estrutural ocorre instantaneamente, mediado por uma explosão de radicais livres que resultam em lesões no DNA e alterações de proteínas, lipídios e hidratos de carbono. Após isso, cada fração adicional contribui para o recrutamento de células inflamatórias e para a progressão da lesão tecidual.
Isso ocorre porque a radioterapia interfere tanto no processo normal de maturação, reprodução e repovoamento das células epidérmicas, quanto nos fibroblastos e na vascularização cutânea.
Assim, a cicatrização é prejudicada ainda mais pela inibição do tecido normal de granulação, fibrogênese e angiogênese, ou seja, a radiodermite pode ser compreendida como uma consequência da redução e diminuição de células-tronco, alterações funcionais das células endoteliais, inflamação, apoptose das células da epiderme e necrose.
E como isso de fato afeta os pacientes?
Principais características
O eritema e o edema podem ter início a partir da segunda semana de tratamento, devido a um aumento da vascularização e liberação de citocinas inflamatórias, a partir disso, as alterações na pigmentação são causadas pela migração de melanina nas camadas mais superficiais da epiderme.
As reações cutâneas evoluem ao longo do tempo e, geralmente, o pico máximo pode ocorrer na última semana de tratamento ou em uma ou duas semanas após seu término. Causam dor devido à exposição das terminações nervosas, hipersensibilidade local, desconforto, irritação cutânea e prurido.
Além disso, esse sintomas podem variar de acordo com o tipo de radiodermite, aguda ou crônica.
Prevenção e tratamento
Antes e após a radioterapia, é indicado a hidratação da região irradiada, cinesioterapia ativa e passiva, alongamentos, técnicas de desbloqueio articular, terapia manual (DLM e mobilização tecidual), prática regular de exercícios físicos e laser.
Durante a radioterapia, os profissionais da área recomendam: cinesioterapia ativa e passiva, alongamentos, técnicas de desbloqueio articular, prática regular de exercícios físicos e laser/LED.
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