Curvas prognósticas na Paralisia Cerebral
(Curvas Prognósticas)
A paralisia cerebral ocorre devido ao desenvolvimento anormal do cérebro, muitas vezes antes do nascimento. Seus sintomas incluem reflexos exagerados, membros flexíveis ou rígidos e movimentos involuntários.
Assim, uma das primeiras perguntas que os pais fazem, quando chegam para o tratamento terapêutico é se seus filhos vão andar, e a resposta é baseada pelo estudo do GMFCS (Sistema de Classificação da Função Motora Grossa), que foi utilizado para criar os gráficos, limitando a função motora pela severidade dessa disfunção, estabelecendo assim, o prognóstico do paciente.
Também é utilizado o GMFM (Medida da Função Motora Grossa), elaborado e validado para medir mudança na função motora grossa que ocorre ao longo do tempo nas crianças com paralisia cerebral.
E quais resultados podem ser obtidos por meio desses sistemas?
Possíveis Resultados
Como resultado, foram concluídas 5 curvas de desenvolvimento motor diferentes para cada classificação do GMFCS.
Outro apontamento, foram os diamantes do GMFM-66, que indicam os fatores prognósticos. Ou seja, se estes dois itens (chamados de diamantes) forem aplicados em determinadas faixas etárias, é possível observar como a criança está evoluindo e o que se pode esperar que ela vá alcançar futuramente, através do seu nível do GMFCS.
Novos estudos também investigam a estabilidade e o declínio da função motora grossa entre crianças e adolescentes com paralisia cerebral entre 2 e 21 anos, sendo concluído que houve uma piora progressiva na transição para adolescência até o início da vida adulta.
Conclusão
No Brasil, a maioria das crianças com paralisia cerebral, pertence a famílias de baixo nível econômico, utilizando a saúde pública (SUS). No entanto, essas famílias passam por grandes dificuldades de acesso a dispositivos de tecnologia assistiva e a diferentes modalidades de tratamento.
Por isso, essas curvas são ferramentas tão importantes para o prognóstico das funções motoras de crianças com paralisia cerebral, e espera-se que novos estudos investiguem a validade da acurácia e utilidade destas curvas.
Vale salientar também que, estes estudos foram realizados no Canadá, há 20 anos atrás, e por isso devem ser atualizados.