Intervenção Fisioterapêutica no Torcicolo Muscular Congênito
(Torcicolo Muscular Congênito)
Torcicolo Muscular Congênito (TMC) é uma deformidade postural evidente logo após o nascimento, geralmente caracterizada por uma inclinação lateral da cabeça para um lado e rotação da cabeça para o lado oposto devido ao encurtamento unilateral do músculo esternocleidomastóideo (ECM).
Poucas pessoas sabem disso, mas na verdade, essa patologia é a terceira desordem musculoesquelética congênita mais comum, sendo que, sua incidência varia de 0,4% a 16%, acometendo mais pacientes do sexo masculino.
E como funciona a sua classificação?
Essa deformidade postural, pode ser classificada por meio de três tipos:
- TMC com presença de nódulo e limitação da amplitude de movimento (ADM);
- TMC sem presença de nódulo, mas com limitação da amplitude de movimento (ADM);
- Torcicolo postural, sem presença de nódulo e sem Limitação da ADM.
Além disso, sua gravidade pode ser classificada em 5 níveis, que variam da moderada e detecção precoce a extrema e detecção tardia.
Como a avaliação fisioterapêutica auxilia esses pacientes?
É possível observar que a avaliação fisioterapêutica é de extrema importância para observar, registrar a postura adotada e a tolerância nas diversas posturas.
Além disso, avalia também a amplitude de movimento passiva, focando na inclinação lateral e rotação cervical e a amplitude de movimento ativa, que observa a movimentação nos planos frontal, sagital e transverso.
Outro ponto importante é a avaliação da força muscular, que mede a ADM ativa e força muscular dos flexores laterais.
E apresentando como principais objetivos:
- Aumentar a ADM da região cervical;
- Manter a cabeça na linha mediana;
- Adquirir os marcos motores para a idade;
- Adequar o ambiente;
- Capacitar a família.
Para alcançar esses objetivos, as principais condutas a serem seguidas são a utilização de alongamentos, posicionamentos e manuseios, exercícios isolados, estimulação dos marcos do desenvolvimento, além de outros recursos auxiliares.
Sendo que, uma reavaliação deve ser feita de 3 a 12 semanas após a alta/início da marcha.