Como doenças respiratórias afetam pacientes com paralisia cerebral?
(doenças respiratórias)
A paralisia cerebral pode ser compreendida como um grupo de distúrbios do movimento e postura, atribuídos a uma lesão não progressiva que ocorre no cérebro em desenvolvimento. Assim, o sistema musculoesquelético não apresenta alterações no nascimento, porém passa a ter problemas secundários ao longo do tempo.
Problemas que podem estar associados a distúrbios da sensibilidade, percepção, cognição, comunicação e comportamento. Sendo a causa mais comum de deficiência na infância.
Sabendo desse quadro, é de extrema importância conhecer e prevenir doenças respiratórias na PC, visto que, essa é a principal causa de mortalidade e morbidade em pacientes. Sabendo disso, quais são as principais recomendações para prevenir esse tipo de patologia? Como os pais podem atuar nesse processo?
Fatores de risco para doenças respiratórias
A doença respiratória na paralisia cerebral é um processo complexo e multifatorial. Além disso, a prevalência de sintomas respiratórios é alta e pode incluir: voz gorgolejante, chiado, tosse, espirro, asfixia e vômito ou regurgitação durante ou após as refeições.
Sendo que, indivíduos classificados como grau IV e V usualmente têm mais sintomas respiratórios.
Outro ponto importante é que, estudos mostram que pacientes que não recebem alimentação via oral apresentam mais sintomas respiratórios do que os que recebem e têm mais admissões hospitalares.
Principais recomendações
Uma das principais recomendações é que, quando uma criança for diagnosticada com PC, deve haver a prioridade de discussão precoce com a família sobre a significância da doença respiratória, principalmente quando a criança estiver em risco.
A broncoaspiração deve ser identificada, assim como as comorbidades que aumentam o risco de aspiração, como disfalgia, convulsões sem controle, refluxo e salivação e devem ser tratadas o mais precocemente possível.
Ademais, algumas crianças com PC têm tosse ineficaz e não são capazes de proteger as vias aéreas efetivamente. A Fisioterapia é essencial para promover a desobstrução, através de técnicas manuais e exercícios para melhorar a biomecânica respiratória e a força da tosse.